sábado, 22 de fevereiro de 2014

O ÚLTIMO QUE SAIR APAGUE A LUZ PARA QUE AS TREVAS PREDOMINEM

- Parece que nesse pântano de águas putrefatas são poucas ou nenhuma flor de lótus consegue sobreviver por algum tempo. 
- É desanimador ver que pessoas, ainda com virtudes,  sejam tragadas pelo triunfo do mal, o qual se fortalece a cada dia mais.
- É desanimador viver em um País que pouco se preocupa com os cidadãos de bem. 
- Um País que pouco se preocupa com as verdadeiras causas da criminalidade e da corrupção.
- Um País que financia portos ultramodernos e universidades em outros países com dinheiro público em detrimento do seu próprio desenvolvimento e do seu povo.   
- Um País que não dá proteção adequada à família, que favorece a muitos criminosos do passado ou do presente,  transformando-os, simplesmente, em  falsos heróis. 
- Um País que encarcera muita gente, somos o quarto do mundo que mais encarcera, porém apenas negros, analfabetos, pardos, índios, pobre em geral, no entanto a ordem jurídica e política favorece aqueles que possuem riquezas ou influências no meio político. 
- Um País que chama um psicopata de 17 anos, 11 meses e 28 dias,  depois de ter cometida assassinatos com requintes de perversidade, de menor infrator por não ter completado os 18 anos, o que o transformaria, em um passe de mágica, em um cidadão de bem. 
- Um País que confisca dos salários dos cidadãos de bem quantias assombrosas para sustentar uma máquina governamental perversa que pouco  trará de benefícios em termos de cultura, educação, saúde e segurança para o povo em geral. 
- Um País que diz que a vida econômica do cidadão de bem melhorou muito, porém a que preço, já que ele está encarcerado dentro da sua própria casa, com medo de sair às ruas, pois as ruas se tornaram em um front de uma guerra civil sangrenta não reconhecida pelo Estado, com mais de 50.000 assassinatos por ano.
- Para finalizar esse desabafo, mais um cavaleiro da esperança, ou também se poderia dizer uma flor de lótus, parece que está sendo tragado por um sistema demoníaco, o qual tudo pode em nome da ideologia que professa. 
- Qualquer semelhança com o livro Nineteen Eighty-Four (1949) e Aninal Farm (1945), do escritor George Orwell,  não será uma mera coincidência em vários e relevantes capítulos desses dois livros. 
- E pensar que a grande maioria dos cidadãos não passam de marionetes a serviço e sob o controle dos que comandam esse País. Se calam, cruzam os braços, enquanto que o mal triunfa. Os poucos que gritam correm o risco se tornarem terroristas através de novas leis, pois o grito revela verdades e incomoda a nova ordem que se estabeleceu.
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- O pensamento acima é fruto do artigo abaixo que o vitmizado  e marionete cidadão brasileiro enfrenta em seu dia a dia, nesse País com tantas injustiças e impunidades, onde a corrupção se institucionaliza cada vez mais. 

Dias negros virão!


Carlos Chagas     
      
A LUZ QUE SE APAGA E A ESCURIDÃO QUE SE APROXIMA

Confirmam amigos chegados ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: ele pedirá aposentadoria antes de ser sucedido, em abril do próximo ano, pelo ministro Ricardo Lewandowski, na direção maior do Poder Judiciário. Motivo: o desmonte do  mensalão,  que começará logo depois da mudança na presidência da mais alta corte nacional de Justiça.
Como? Através de manobra já engendrada pelo PT e  pelos advogados dos mensaleiros, com a aquiescência de Lewadowski, que permitirá a REVISÃO dos processos onde foram condenados 25 implicados num dos maiores escândalos da história da República. Estaria tudo coordenado, apenas aguardando a mudança da guarda.  Apesar de a revisão de processos constituir-se em exceção na vida dos tribunais, pois acontece apenas com o surgimento de fatos novos no histórico das condenações, já estariam em fase de elaboração os recursos de quase todos  os hoje  condenados, a cargo de advogados regiamente remunerados, junto com outros ideologicamente afinados com o poder reinante.  Nada aconteceria à margem de discussões e  entreveros jurídicos, mas a conspiração atinge a composição atual do Supremo Tribunal Federal. E a futura, também. O término do mandato de Joaquim Barbosa na presidência da Corte Suprema marcaria a abertura das comportas para a libertação dos criminosos  postos atrás das grades e daqueles  que se encaminham para lá.

Joaquim Barbosa não estaria disposto  a assistir tamanha reviravolta, muito menos a ser voto vencido diante dela. Assim,  prepara seu desembarque. Pelo que se ouve, não haverá hipótese de mudar a decisão já tomada, mesmo ignorando-se se aceitará ou não transmudar-se para a política e aceitar algum convite para candidatar-se às eleições de outubro.  Tem até abril para decidir, apesar das múltiplas sondagens recebidas  de diversos partidos para disputar a presidência da República.
A informação mostra como são efêmeros os caminhos da vida pública. Até  agora vencedor inconteste na luta contra a corrupção, reconhecido nacionalmente, Joaquim Barbosa pressente a curva no caminho, não propriamente dele, mas dos mesmos de sempre, aqueles que conseguem fazer prevalecer a impunidade sempre que não se trata de punir ladrões de galinha.   Afinal, alguns meses de  cadeia podem machucar, mas se logo depois forem revogados através de revisões patrocinadas pelas estruturas jurídicas postas a serviço das elites, terão passado como simples pesadelos desfeitos ao  amanhecer.  Não faltarão vozes para transformar bandidos em heróis.  A reação do ainda presidente do Supremo de  aposentar-se ficará como mais  um protesto da luz   que se apaga contra a escuridão que se aproxima.


O IMPERATIVO CATEGÓRICO

Enquanto esse horror não se configura, seria bom meditar sobre o sentimento ético. Pode-se ceder diante do império das circunstâncias, mas existe entre nós, indivíduos e nações, o imperativo categórico de que falava Kant, o incondicional comando de nossa consciência para agir como se a máxima de nossa ação fosse tornar-se uma lei universal da natureza.  Há que evitar  o comportamento que, se adotado por todos, tornaria a vida social impossível. Embora possamos adotar a mentira, não  poderemos aceitá-la como alternativa. Uma decisão da Justiça não é boa porque trás bons resultados, nem mesmo porque é sábia,  mas porque é feita em obediência ao senso do dever e em consonância com o imperativo categórico. Ética não é a doutrina de nos fazer felizes, mas de tornar-nos dignos da felicidade. Qualquer ladrão poderá   triunfar se conseguir roubar o bastante?

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

OS NOVOS BÁRBAROS

- É lastimável, mas a situação no trânsito de Roraima está atingindo a patamares surreais. Quase todos os dias pessoas entram em óbito ou se acidentam gravemente nas ruas da capital e nas estradas do interior do Estado.
- Sou morador deste Estado a 14 anos. A situação no trânsito era aceitável. Havia mais educação e civilidade por parte dos motoristas, porém de alguns anos para cá a situação está ficando cada vez mais deplorável.
- O desrespeito das normas de trânsito é a marca mais característica, tanto pelos condutores de motos como pelos condutores de carros. A situação, simplesmente, piora a cada mês e muito pouco acaba sendo feito, a não ser muita conversa fiada por parte das autoridades.
- Na cidade de Boa vista, já observei dezenas de ruas secundárias sem sequer uma placa de PARE. Somente quem conhece a cidade, sabe que aquela determinada rua é preferencial ou secundária. Há centenas de placas corroídas pelo tempo sem reposição adequada, além de buracos nas ruas mal sinalizados e pouca fiscalização. Tudo isto acaba favorecendo centenas de acidentes e muitas das vítimas acabam se esquecendo que o responsável pela tragédia, muitas vezes, é exatamente o desleixo descabido da prefeitura. Tal situação caberia perfeitamente uma ação contra o poder  municipal perante tamanho descaso.
- Outrossim, tornou-se comum na cidade de Boa vista, a rua de mão única, com duas pistas, se tornar de cinco pistas. Basta olhar nos semáforos que da esquerda para a direita temos uma motocicleta, do lado um carro, do lado desse carro uma motocicleta, do lado dessa motocicleta outro carro e do lado desse carro outra motocicleta. Os condutores das motos ultrapassam os carros pelo lado proibido sem o menor constrangimento, só ainda não conseguem cruzar por cima dos carros. Tudo isto é feito em grande velocidade e muitas vezes carregando crianças, seus próprios filhos. 
- São poucos aqueles que realmente obedecem a sinalização e as normas e, por conseguinte,  temos um punhado de mortos todos os meses e isto sem falar daqueles que ficarão sequelados pelo resto das suas vidas. Na UTI do HGR, a maioria dos leitos, acaba sendo ocupado pelos condutores tresloucados de motos.
- Nos semáforos é comum, tanto motos como carros, cruzarem o sinal vermelho e mais comum ainda é a falta de civilidade entre os motoristas, os quais, muitas vezes, nos apresentam verdadeiras cenas de barbárie sem termos que ver os filmes de terror da Sky.
- Neste fim de semana, ao sair da vicinal do sítio da família e entrar na BR 174, tivemos plenas cenas dessa incivilidade e desrespeito ao próximo. Já tínhamos entrado na BR. Na frente seguia meu filho em uma Ranger, logo atrás estava eu, em uma S10. Pelo retrovisor vi uma Hilux saindo da vicinal em velocidade não compatível para o momento e, simplesmente, entrando na contra mão da BR. Por pouco  não houve um acidente, pois um carro que vinha em sua mão teve que frear bruscamente. A novela não termina por aí. O condutor da Hilux se aproximou de mim. Vendo que esse novo bárbaro estava querendo me ultrapassar, deixei um espaço maior entre o meu carro e do meu filho, pois pressenti que esse condutor não estava muito bem e assim facilitar a sua ultrapassagem. Mas para a minha surpresa e a do meu filho, o condutor problemático simplesmente ultrapassou, em alta velocidade, pelo acostamento da direita, fazendo com que meu filho jogasse, perigosamente, o caro para a esquerda. O mais interessante é que próximo da barreira da PRF encontramos novamente o dito motorista incivilizado, o qual estava com uma velocidade mínima, quase parando. Foi observado por mim que, em alguns momentos, ele estava em zigue zague. Sinais de drogas legais ou ilegais? Por precaução e com certo temor tivemos que ultrapassá-lo rapidamente. Na barreira da PRF, pelo retrovisor, verificamos que o policial rodoviário federal o deteve e seguimos em frente. Tais fatos poderia ter virado em uma tragédia, envolvendo os três carros e simplesmente engrossando as estatísticas do genocídio que ocorre no trânsito do Estado de  Roraima.
- Portanto, está se tornando um risco dirigir pelas estradas de Roraima e pelas ruas da capital. Os novos bárbaros contam com a impunidade. Saem pela porta da frente da delegacia sem o menor constrangimento, pois existe uma penca de leis mal elaboradas pelo legislativo, as quais acabam favorecendo esses grupos de sequazes, anjos demoníacos, que ceifam a vida de milhares de inocentes.
- E as autoridades? A grande maioria, pouco faz para mudar esse quadro dantesco, pouco faz para conter este genocídio, mas, no entanto, são refinadas na demagogia, em mentiras e em corrupção. Assim, infelizmente, caminha Roraima. Assim caminha o Brasil.