terça-feira, 15 de abril de 2014

QUAL O LIMITE DA VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO?


"A hora de estabelecer ordem é antes de entrar a desordem." (Textos Taoístas).


"Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal
 que faz é que é permamente" (Mahatma Gandhi).


- É preocupante  ver o crescimento da desordem, do desrespeito, da intolerância, das incivilidades no trânsito de Boa Vista. Mais preocupante ainda é a falta de pulso firme daqueles que, a princípio, deveriam de zelar pelos princípios constitucionais protetórios da segurança dos contribuintes.
- Toda esta insegurança, paulatinamente, vêm contribuindo para o crescimento de um estado anômico, além de dar a impressão de que muitas leis, normatizadoras dos condutores de veículos nas ruas e avenidas da nossa cidade, estão se tornando apenas leis mortas, muitas vezes para proteger apadrinhados ou apenas aplicar aquele famoso "jeitinho brasileiro" para tudo.
-  Todos os dias, ao sairmos da nossa residência, entramos em um verdadeiro campo de batalha, quase uma terra de ninguém, onde impera a lei do mais forte ou dos "espertinhos"que buscam vantagens a qualquer custo, mesmo sacrificando vidas e deixando centenas de sequelados, isto quando não ocorre com eles próprios.
- Toda essas incivilidades são assustadoras, pois esse barbarismo  já está afetando e se aproximando cada vez mais da nossa família. Nós últimos quinze dias duas pessoas,  muito queridas por nós, entraram para as frias estatísticas. Uma delas, Rosa Marinho, professora, mãe do próprio Secretário de Segurança, foi atropelada por um dos bárbaros condutores de motos, o qual a jogou para cima de um carro em movimento. Por essa razão fatídica entrou em óbito posteriormente.  O condutor da moto, sem virtudes, sem cidadania, apenas um bárbaro, obviamente, fugiu do local. A outra pessoa, o nosso amigo, Ir.'. e acadêmico de Economia Muniz, conduzindo a sua moto foi abalroado, imprudentemente, por um carro. Sobreviveu, porém passará meses  em convalescença e irá perder o ano letivo do seu curso. O motorista do carro, além de descaracterizar o local do crime até o presente momento não o ajudou em nada. A impunidade reina nos dois casos.
- Se as nossas digníssimas autoridades seguissem a CF/88; se elas seguissem as normas reguladoras para o trânsito de maneira competente; se elas se preocupassem mais na educação para o trânsito;  se elas tivessem adotado a tolerância "zero" no momento certo a alguns anos atrás; se elas tivessem aplicado um sistema de monitoramento computadorizado nas ruas e avenidas da nossa cidade; se elas se preocupassem mais na fiscalização do trânsito; se elas tivessem mais dignidade em combater a corrupção infiltrada em todos os setores governamentais; os bárbaros infratores  seriam inibidos, além de serem devidamente punidos e, por conseguinte, a nossa cidade poderia ser um verdadeiro modelo para todo o País.
- Se é assim, então qual o limite para a violência, a qual recrudesce cada vez mais nessa injusta e insana guerra sem causa?
- Apenas um povo com civismo, com educação moral, com saúde, com conhecimentos de organização social e política do nosso País poderia  por fim a esse pérfido modelo, mas isto é apenas uma utopia a médio e a longo prazo, pois para nós o pesadelo está apenas começando e devemos nos preparar para dias ainda piores.  

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