sábado, 12 de novembro de 2011

LÁ COMO AQUI!

           O pronunciamento do destemido Dr. Marinho e Pinto desnuda a realidade que tantos tentam esconder, porém as conseqüências sociais são as provas inequívocas de que o País está na UTI  e com poucas chances de se reverter o sistema de contaminação do vírus da corrupção. A República agoniza em meio a tanta demagogia e os poderosos enriquecem cada vez mais.
            O mais interessante, quando se escuta este pronunciamento , é a semelhança do que vem ocorrendo no Executivo, no Legislativo e no Judiciário brasileiro.
            Afinal de contas, de acordo com Ladislau Dowbor, a "corrupção, a partir de certo nível, exige que todos sejam corruptos. Quem se recusa é alvo de pressões insustentáveis. É um processo de seleção negativo."
              Seria esse o futuro da República da ex-colônia de Portugal?  Tudo indica que sim. O pesadelo está apenas começando!    
 












quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SÓ É PRESO QUEM QUER!


Entre os livros que li no último mês encontra-se a obra SÓ É PRESO QUEM QUER. O Autor é  Marcelo Cunha, Promotor de Justiça Criminal do Ministério Público de Justiça de Minas Gerais e professor de Direito da PUC/MG. Graduado em Direito pela PUC/MG, Engenharia pela UFMG e Psicologia pela UFMG, Mestre em Direito Processual pela PUC/MG e Doutor em Direito Constitucional pela UFMG.
Indignado com o avanço sem fronteiras da criminalidade, esse Promotor de Justiça foi corajoso e iluminado para fornecer esses impagáveis conhecimentos de uma realidade que muitas vezes é sutilmente oculta, quando nos mostram apenas as conseqüências e nunca as origens de toda essa violência.
Realmente em seus capítulos podemos encontrar várias respostas corretas para a crescente criminalidade em nosso País, embora as raízes para tanta impunidade estejam ligadas nos aspectos históricos sociais dos últimos 500 anos de história do Brasil e mais recentemente fortalecidas pela globalização do crime[1], com o fim da guerra fria.
A obra está escrita em um linguajar bastante objetivo e esclarecedor, deixando de lado o juridiquês, o que proporciona uma leitura bastante agradável tanto para o público jurídico como para a população em busca de respostas concisas e criticas.
Em seus quatro capítulos, o livro demonstra com clareza a falência total do sistema criminal brasileiro, as dificuldades para impor uma pena adequada e os liames que levam a impunidade cada vez mais crescente. 
Mostra com clareza a facilidade com que os cidadãos mais pobres sejam os mais penalizados e a facilidade com que os criminosos, com poder e dinheiro, fiquem cada vez mais impunes. Explica vários detalhes para o fortalecimento do crime organizado, além expor outras particularidades para que os crimes de colarinho branco fiquem livres de qualquer punição.
Para se entender melhor os paradigmas inseridos nessa excelente obra, entre outros, seria interessante assistir a entrevista do Dr. Marcelo, ocorrida em 20/10/2011, na TV Assembléia de Minas nos links abaixo e depois adquirir essa excelente obra elucidativa para fortalecer os conhecimentos e se precaver em tempos tão perigosos com o recrudescimento da criminalidade e sua filha mais nobre, a corrupção. Ambos totalmente fora de controle.  
  





[1] Napoleoni, Loretta. Economia Bandida. Rio de Janeiro: DIFEL, 2010.

DEPUTADO MARCADO PARA MORRER BUSCA SEGURANÇA NA EUROPA


Depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, surge mais uma vitória para as Organizações Criminosas S/A. O deputado Marcelo Freixo (PSOL), um dos poucos políticos que se preocupam com a criminalidade e em todas as suas modalidades, aceitou um convite da Anistia Internacional. Está se licenciando da ALERJ e se retirando do País junto com a sua família. Somente no último mês foram sete ameaças de morte. Seu destino será algum país da Europa, o qual não será divulgado motivos de segurança.
Marcelo Freixo presidiu a CPI das Milícias na Assembléia Legislativa do Rio. Houve o indiciamento de 200 pessoas  entre policiais e, obviamente, de políticos  corruptos. Isso foi o suficiente para que fosse marcado para ser exterminado.
Para piorar a situação, um documento da Coordenadoria de Inteligência da Polícia apontava que Marcelo seria alvo de um atentado, dando inclusive o nome do criminoso que faria o atentado. Um tal de Carlão seria o agente incumbido do serviço.
Outrossim, Segundo Marcelo, ele irá aproveitar a oportunidade e de algum ponto da Europa, com mais segurança, ira divulgar o relatório da CPI.
Por tudo isso, o deputado marcado para morrer, ainda desabafou: "É uma situação de total insegurança e muito grave, porque nada mais fiz do que cumprir a minha função como parlamentar. Então, quem cumpre a sua função pública, ser ameaçado de morte por isso é muito grave. E a gente está falando do principal crime organizado no Rio de Janeiro: a milícia hoje é o mal maior que tem no Rio. Então, evidentemente, precisa ser enfrentado. E é inadmissível que depois de matarem uma juíza, ameacem matar um parlamentar. E quantas outras pessoas mais virão antes de eles serem detidos? É muito importante que se busque deter o poder econômico e territorial desses grupos. Só as prisões não vão resolver".
Pelo menos, todos aqueles que ainda conseguem se indignar estão indignados com o domínio do crime organizado S/A e a impunidade decorrente, não só no Rio de Janeiro mas  também com o aumento  desproporcional dos crimes ocorridos em todo o Brasil. 
Enfim, e daí? Vai mudar alguma coisa? Não vai mudar nada enquanto não aplicarem remédios extremamente amargos. Quem irá iniciar o tratamento patriótico? A Presidenta Dilma? Aparentemente ela teria condições, mas é refém dos partidos repletos de corruptos. As Forças Armadas seria a solução para a grande limpeza em todas as esferas do poder corrompido pela corrupção?  Ainda temos tempo?  São perguntas difíceis de serem respondidas, mas algo precisa ser feito antes que o Crime S/A, de origem nacional e internacional, infiltrado em todos os poderes da República, destrua a Democracia e todos os valores nobres que ainda persistem em resistir em meio a todo esse lodaçal.
 
Referências: