Desanimo de ver o povo cada vez
mais iludido e calado, deixando-se manobrar
por inúmeras propagandas apelativas para o consumismo desvairado e com a
aplicação da teoria da obsolescência em muitos produtos.
Desanimo de ver entretenimentos
violentos, tendenciosos e apelativos, principalmente os televisivos, entre os
quais muito futebol, novelas, programas com mulheres seminuas com cenas
degradantes dos bons costumes, incentivo a prostituição e indiretamente a
infantil, programas religiosos manipuladores e outros com programas sutilmente
desinformativos e deformativos da verdadeira realidade social e econômica do
País. A finalidade é óbvia: manter esse povo com o traseiro sentado no sofá da
sala reagindo apenas com a emoção e nunca com a razão. Realmente nesse sentido os políticos e a
corporatocracia agradecem!
Enquanto isso acontece, a criminalidade se
espalha por todo o País de maneira alucinante. A segurança praticamente está
falida e a população cada vez mais acuada. O sistema penitenciário brasileiro
pior ainda. Os criminosos já não respeitam nem sequer os policiais quanto mais a
própria Justiça, a qual se obriga a aplicar penas brandas criadas pelo sistema
vigente, além de se perder em meio a um emaranhado de leis, as quais acabam sempre
beneficiando os criminosos e muito pouco as vítimas. Os mais beneficiados
sempre serão os criminosos que tenham poder e muito dinheiro, afinal de contas
nesse País só vai preso quem quer.
Um dos objetivos do sistema é esvaziar as
cadeias para quem comete crimes de menor potencial ofensivo e reduzir o máximo
possível a estadia de criminosos no sistema penitenciário, mesmo sendo
psicopatas, pedófilos, traficantes e por aí vai.
Nesse sentido, o crime está cada vez mais
perto de nós. É difícil não ter algum parente ou amigo que já não tenha sido
vitimizado por criminosos comuns. A minha própria família já foi vítima de
criminosos ensandecidos por duas vezes e o Estado nunca se preocupou com tais
fatos e tampouco com os criminosos, apesar da minha família e todas as demais
famílias pagarem os mais altos impostos do mundo para um sistema altamente
corruptivo, que pouco se preocupa com a criminalidade endêmica que assola o
País, principalmente depois do fim do governo militar.
Os que assumiram depois do governo militar,
todos com altos índices de corrupção em seus governos, foram Sarney, Collor,
Fernando Henrique por duas vezes, Lula por duas vezes e agora a Senhora Dilma,
a qual foi eleita pelos "Brasilinos"(1) através de urnas eletrônicas pouco
confiáveis. Convém lembrar que ela pertencia a quatro células terroristas
comunistas, as quais queriam derrubar o governo militar e implantar uma
ditadura comunista semelhante a Cuba. Hoje ela age de acordo com os interesses
dos dirigentes mundiais bem a gosto dos neoliberais. Mudou bastante em sua
ideologia desde os tempos em que as facções subversivas, a qual ela pertencia,
assaltavam bancos, sequestravam e cometiam outros crimes, tudo tipificado no Código
Penal brasileiro ainda vigente. Não dá para esquecer que o objetivo dessas
facções subversivas terroristas era derrubar a ditadura militar e implantar outra
ditadura igual ou pior.
Pelo visto, muitos desses políticos,
ex-terroristas, ex-assaltantes de bancos, ex-sequestradores etc., hoje muitos
atrelados ao poder, estão mergulhados em um lodaçal sem fim, servindo sempre
aos interesses internacionais e da elite nacional, ou melhor, dizendo da corporatocracia,
pois é esta quem financia a maioria dos políticos da nossa Nação nos anos
eleitorais, ou seja, a cada dois anos. Uma vergonha ou uma estratégia bem
arquitetada, pois a Nação vive em função de eleições em meio a centenas de
crimes de colarinho branco.
Enquanto isso, a impunidade explode em
proporções alarmantes nunca vistas. A educação continua sendo propositadamente
uma das piores do mundo desde que eles assumiram em 1984. Temos pessoas morrendo
nas filas dos hospitais públicos, nos quais falta de tudo e, o mais
interessante, é que a arrecadação de impostos bate recordes em cima de recordes
à custa dos Brasilinos modernos. O tráfico de drogas é indestrutível; o trafico
de órgãos é outra pouca vergonha; o tráfico de mulheres para a prostituição e
trabalho escravo é uma triste realidade pouco combatida e o tráfico de armas de
guerra entram pelas fronteiras mal guarnecidas para alimentar o exército de
milicianos, traficantes, facções terroristas e quadrilhas de criminosos.
Outrossim, nas cidades do Brasil, milhares
de pessoas são chacinadas por outros milhares de criminosos, entre ricos e
pobres. Mais de 90% dos milhares de crimes cometidos não serão solucionados e entre
4% e 8% terão um Inquérito Policial decente e destes pouco menos de 2% poderão
ter algum tipo de sentença punitiva, geralmente branda. A situação é tão grave que criminosos, frutos
dessa sociedade de poucos valores, torturam e ateiam fogo em pessoas ainda
vivas pelo simples motivo das suas vítimas não terem dinheiro, ou pouco
dinheiro no momento do assalto. E olha que ainda temos as Cifras Negras, ou seja,
os crimes cometidos que não chegam aos ouvidos das autoridades. Este é o Brasil
que queremos? Mas é este o Brasil que temos.
Na realidade, tal situação não deixa de ter
ares uma guerra civil não declarada há décadas (antes, durante a ditadura militar
e depois dela). E o cidadão e a cidadã de bem, bem como os seus filhos, filhas,
netos e netas no meio desse tiroteio, incluindo até mesmo os bandidos, sendo
assaltados e mortos por ambos os lados, uns morrendo aos milhares e outros
tentando sobreviver sem ter a quem recorrer. Neste sentido temos o surgimento
do estado anômico. Veja que no Brasil por ano são assassinados quase 50.000 mil
pessoas o que o torna o mais violento país da America do Sul.
O pior são os crimes cometidos por menores,
frutos dessa sociedade demente. Menores que matam pelo prazer de matar e com
requintes de perversidade de causar inveja aos antigos inquisidores da Santa
Inquisição, pois sabem que o Estatuto do Adolescente e da Criança (ECA) os
protegerá mais do que os milhares de menores miseráveis abandonados, se drogando
e se prostituindo, os quais perambulam pelas ruas das nossas cidades, ditas
civilizadas e ordeiras, sem que as digníssimas autoridades tenham a dignidade e
a compaixão de retirá-los das ruas e transformá-los em bons cidadãos e cidadãs.
E ainda alguns políticos dizem que não
podem fazer nada, pois é inconstitucional mexer nessa lei e na Constituição,
mas os menores podem matar, torturar, colocar fogo nas pessoas, roubar, furtar,
na certeza da impunidade e as famílias de bem que se danem.
Sendo assim, tem que haver mudanças
urgentes urgentíssimas para o controle da criminalidade, incluindo a corrupção.
Infelizmente uma das soluções seria copiar o sistema dos USA, onde até
senadores da República são presos por crimes diversos. Aplicar a teoria das “Janelas
Quebradas” como ocorreu em Nova York. Os índices de criminalidade despencaram
em pouco tempo. Prisão perpétua sem
condicional para certos crimes seria interessante. Ah! Não pode? É inconstitucional?
Mas podem cometer atrocidades à vontade na certeza da impunidade. Qual a
solução então? As Forças Armadas novamente? Quem sabe uma intervençãozinha da
ONU não ajudaria a colocar o bonde nos trilhos novamente?
Também seria
interessante que se trabalhasse de forma paralela na extirpação a curto e longo
prazo das causas sociais da violência em conjunto com uma tolerância “zero”
para pequenos delitos, porém tudo isto teria que ser aplicado por um governo
honesto e pactuado com os verdadeiros interesses da Nação e do seu povo, não
importando se fosse de direita ou de esquerda, além, obviamente, da necessidade
premente de se mexer nessa Constituição cheia de remendos, a qual, sem querer,
acabou dando proteção para criminosos em demasia, principalmente para os mais
poderosos e endinheirados a custa do erário público. O resultado é esse que
temos diariamente: crimes e mais crimes. Poderíamos até dizer que já temos a indústria
do Crime S/A a nível nacional e internacional com requintes de terrorismo.
Basta ver as facções terroristas e criminosas do CV (Comando Vermelho), PCC
(Primeiro Comando da Capital) e PGC (Primeiro Grupo Catarinense) em atentados
criminosos e colocando as autoridades de joelhos e povo cada vez mais aterrorizado.
Por fim, esses
parágrafos retratam a indignação e a certeza de que nada irá mudar enquanto as pessoas
continuarem a serem apenas "Brasilinos", elegendo e reelegendo criminosos e se
tornando vassalos consumeristas de outros senhores. As estruturas da República
teriam que mudar, para implantar uma verdadeira democracia popular dentro da
Ordem e do Progresso real para todos e que não fosse condicionada a interesses
dos poderosos. É uma utopia? Se não for,
quem dará início ao serviço?
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(1) Brasilino é um personagem criado em 1961. Pode muito bem representar boa parte da população nos dias de hoje. Para saber mais veja em www.anovademocracia.com.br/no-18/840-um-dia-na-vida-do-brasilino e tire as suas próprias conclusões.
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