quinta-feira, 23 de agosto de 2007

ALGUMAS BREVES REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO

- São apenas algumas reflexões em processo de burilamento. Não é uma verdade pronta e acabada. Devem de ser pesquisadas e fundamentadas ainda mais, com o objetivo precípuo de estabelecer novos paradigmas, encontrar novos caminhos necessários para formar mulheres e homens que irão estabelecer no futuro as mudanças benfazejas, bem como de combater os interesses egoísticos dos senhores da globalização. A verdade deve de prevalecer e o caminho do meio deve de ser escolhido para que se possa rumar em direção a uma cidadania mundial centrada no holismo, no humanismo e na transdisciplinaridade dos três níveis de educação.

- Conhecimento: vemos como é de importância extrema que o aluno ao assimilar o conhecimento possa desenvolver uma postura adequada de saber aplicar as informações e práticas adquiridas, não apenas no âmbito profissional, mas também prepara-lo para responder e enfrentar aos desafios do mundo capitalista, até mesmo de sobrevivência no contexto desta sociedade neoliberal nas áreas social, política, ambiental e principalmente a econômica, geradora da maioria das mazelas atuais que assolam o planeta. Que esse conhecimento adquirido pelo acadêmico terá que ser continuadamente revisto e aprimorado constantemente para o resto da sua vida.

- A transmissão do conhecimento: terá quer ser feita por um Educador qualificado e bem lastreado em termos salariais, para que possa estar em continuo aprimoramento, caso contrário continuaremos a ter uma gama de profissionais mal formados, como por exemplo, professores escrevendo casa com “Z”, médicos cometendo erros crassos, advogados sem ética, de moral duvidosa para com a sociedade e políticos destituídos de senso social/ambiental/moral/econômico que um dia também passaram nas mãos de professores desiludidos, dentro de um ensino medíocre, interagindo com o sistema neoliberal imposto nesta pseudo democracia de cunho excludente e de interesse para o capital alienígena dominante.

- Integração de conhecimentos: terá que ter um sistema de integração onde o acadêmico motivado estaria interagindo com o seu Educador de maneira satisfatória, interligando os conhecimentos adquiridos nas pesquisas, podendo articular respostas para os problemas apresentados, servindo de subsídios para a sua vida profissional futura, inclusive para as mazelas socioambientais. Logicamente, o Educador terá que estar sintonizado nesse processo de pesquisa com seus alunos e sempre em continuo aperfeiçoamento, principalmente sobre o entendimento da transdisciplinaridade e da sua aplicação na vida dos acadêmicos e educadores.

- A colheita da aprendizagem: vemos que para a colheita de resultados a aprendizagem requer um envolvimento completo pelo acadêmico. Ele terá que vivenciar e sentir com profundidade à realidade dos novos conhecimentos e as conseqüências geradas, não só na sua vida, mas na sociedade em geral. É um processo lento, mas necessário, até mesmo para a sobrevivência em tempos de mundialização onde poucos recebem e a maioria é excluída dentro do modelo capitalista vigente. Esse envolvimento do acadêmico segue algumas etapas:

a) Logicamente para o bom educador, e desde que o sistema controlado pelo capital permita, ele irá aproveitar a trajetória pretérita da vida do mundo social dos seus alunos naquilo que pode ser aproveitado para a aquisição de novos conhecimentos e reconstrução de paradigmas falhos e ultrapassados.

b) O despertar do interesse do acadêmico está ligado diretamente à motivação que ele terá de acordo com a sensibilidade interior e o grau de conhecimento geral e especifico do seu Educador.

c) De maneira muitas vezes sutil, o Educador deveria induzir o acadêmico a formular determinados pareceres que tenham conexão com a sua visão de mundo, de acordo com as suas experiências na sociedade em que vive.

d) É de importância extrema a vivência em situações reais que ocorrem na área profissional em que o acadêmico irá atuar, verificando os erros e os acertos para que ele possa ter bases sólidas na ética e na moral profissional.

e) O acadêmico deveria de encarar o conhecimento como uma conquista sua e trabalhar em seu aprimoramento com sabedoria para o resto da sua vida, não só na sua área profissional, mas extensível em outras áreas relacionadas com o “bom viver” da sociedade incluída e principalmente as mazelas da maioria excluída.

- A lógica: o acadêmico entrando em contato desde cedo com a realidade da sua profissão, terá mais facilidade para aprender do que na sala de aula. Isto terá que ser dosado pelo Educador de visão, que naturalmente irá trabalhar nas falhas e acertos observados nos locais onde será exercida a profissão escolhida.

- Desafio: temos o desafio de achar os métodos mais adequados para que possamos, Educadores e acadêmicos, aprender como deveremos aprender corretamente, para que tenhamos mais facilidade na compreensão da realidade que nos cerca e tentar mudar aquilo que ainda pode ser mudado com muita sabedoria, utilizando todo o conhecimento correto adquirido pelo ser humano para trabalhar no contexto desta mundialização capitalista que exclui a maioria, escravizam outros tantos e beneficiam apenas poucos.

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