terça-feira, 26 de julho de 2011

NAU SEM RUMO


Recebi de um amigo, por e.mail, o excelente artigo “Nau sem Rumo”, o qual foi produzido pelo nobre Prof. Marcos Coimbra. O artigo é um desabafo e muito esclarecedor do momento histórico que estamos vivenciando
O texto retrata a preocupação com os desvios éticos e morais daqueles que governam a nossa Nação, em nome do povo; preocupação com a impunidade gritante dos corruptos instalados nos três poderes da República; preocupação com a impunidade avassaladora de inúmeros políticos conhecidíssimos pelas denúncias sistemáticas semanais feita pela imprensa e pelas operações investigativas da Polícia Federal; preocupação com o entreguismo das riquezas do País pelas mãos dos maus brasileiros, os quais, na realidade, sempre serviram as hostes dos seus interesses pessoais e internacionais.
Por esta vertente é bom que se diga, que no atual momento histórico que estamos vivenciando, a cleptocracia está mais sólida do que nunca e seus representantes estão sendo, honestamente, servis as grandes corporações capitalistas (corporatocracia), cuja base principal sempre será a corrupção para manter, obviamente, os cleptocratas na linha.
Por essa via, realmente perdemos o rumo da nau e quem irá traçar o futuro poderá não ser os brasileiros, assegurando assim o verdadeiro papel submisso do Brasil, no contexto do século XXI, passando a ocupar o seu devido lugar dentro da desviada Nova Ordem Mundial capitalista de um planeta finito e com bens ainda mais finitos.
Assim sendo, estamos perdendo a oportunidade de sermos uma potencia forte, justa e perfeita, para continuarmos sendo uma espécie de colônia das grandes corporações mundiais do século XXI.
Outrossim, o sistema permite que criminosos sejam eleitos ou reeleitos ou, caso não reeleitos, passem a ocupar cargos estratégicos; permite que se faça o loteamento dos cargos do governo, em uma gigantesca farra de roubalheira do erário público e impunidade; permite que vícios deletérios sejam transmutados em algo normal e até mesmo endeusados perante as famílias em franco processo de desintegração moral e ética; permite que seja tolhida a capacidade do povo de se indignar com a corrupção endêmica, a qual é destruidora dos princípios nobres da construção da verdadeira pirâmide social perfeita.
Mas e a força do povo? Nada pode fazer. Está mal preparado, com um péssimo sistema educacional público, com suas virtudes corroídas por um sistema programador midiático e ideológico perverso, o qual está sob o controle de muitos cleptocratas e, além do mais, está acuado pelo crescimento desproporcional da criminalidade e impunidade da maioria dos criminosos em todo o Brasil. Afinal de contas, o exemplo vem dos próprios políticos e todos sabem que no Brasil “só vai preso quem quiser”, basta ter dinheiro, não importando a sua origem.
Enfim, o Professor Marcos tem total razão em questionar a condução e aplicação da atual política no Brasil, a qual a grande maioria dos brasileiros não conhece, pois já estão programados pelo atual sistema espoliador e dominador, desde a tenra idade, por mídias a serviço de um sistema ideológico consumerista exacerbante e predador de virtudes.
Enfim, vamos ao artigo transcrito abaixo e depois tirem as suas próprias e devidas conclusões, enquanto ainda temos liberdade de pensamento e a capacidade de  se indignar, infelizmente para poucos.

NAU SEM RUMO

Prof. Marcos Coimbra

Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.
           É com tristeza e preocupação que presenciamos a trajetória atual do nosso Brasil. A Nação do futuro sofre problemas atrozes, capazes de levá-la a um desastre nunca imaginado nos piores cenários traçados pelos especialistas do ramo.
           Se não, vejamos. Há quarenta anos nosso país encontrava-se em situação muito melhor do que a China, atual segunda economia mundial, caminhando para ser a primeira em 2030. Eles possuem um sistema econômico pujante, que poupa e investe cerca de 50% do seu PIB. Lá os corruptos são punidos com um tiro na nuca e a família do meliante ainda deve pagar o custo da bala. Possuem o domínio da tecnologia nuclear e espacial, tendo artefatos nucleares em condições de ser empregado na defesa de seus interesses. Seu planejamento estratégico abrange gerações.
           E nós, ficamos para trás. Os fatos são avassaladores. De início, não possuímos um Plano Nacional de Desenvolvimento. Ora, para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve. E quem não traça seu destino o terá traçado por outro. A corrupção atingiu um caráter endêmico, abrangendo os três Poderes, em especial o Executivo em seus três níveis.
           Existe já a expectativa de qual será o escândalo da semana, pois a série é interminável. A cada momento, surge um mais escabroso do que os outros. E o pior é a garantia da impunidade. Os delitos são cometidos, a imprensa apura, denuncia, exercendo o papel que deveria caber aos órgãos de controle das respectivas administrações, mas ninguém é punido de fato. O máximo que ocorre é sair, a pedido, do atual cargo para, no futuro, ocupar outra posição ou comandar o processo de indicação do substituto.
           Consideramos como principais crimes cometidos pelos atuais detentores do poder político no Brasil a abertura para a perda da Integridade do Patrimônio Nacional e o abandono da educação da nossa juventude.
           O crime de lesa-pátria cometido pelas sucessivas administrações federais e demais “autoridades” no processo de demarcação de áreas indígenas e do reconhecimento do direito de propriedade de “quilombolas” é imperdoável. Seus autores terão seus nomes inscritos na galeria de traidores da Pátria, ao lado de Joaquim Silvério dos Reis e outros. A rede Bandeirantes mostrou, na semana passada, em várias reportagens as barbaridades cometidas contra o país e cidadãos brasileiros, bem como suas trágicas consequências, no relativo à demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol. E o mesmo está em vias de acontecer no Mato Grosso do Sul.
           De início, o modo cruel e violento, digno das piores ditaduras, com que uma verdadeira “gestapo” invadiu propriedades privadas, sem ordem judicial, para expulsar seus legítimos proprietários, há décadas, jogando-os na miséria. E tudo isto para cumprir orientação oriunda de pressões externas de países e ONGs interessadas nas riquezas lá existentes.
            Para culminar, a falta de visão dos irresponsáveis que perpetraram tal crime, ignorando o que aconteceu e está acontecendo no mundo (esquartejamento da Iugoslávia, ocupação do Iraque, Afeganistão, agressão à Líbia etc.).A questão “quilombola”, inventada de fora para dentro representa igual risco para a Soberania Nacional. Criaram as condições, por omissão, covardia, cumplicidade, leniência ou razão pior, para a balcanização do território brasileiro, com perda de nossas principais riquezas.
           Outro desatino grave refere-se ao desprezo como é tratada nossa juventude, em especial no tocante ao processo educacional. Os pais, cada vez mais exigidos pelo consumismo criado artificialmente, passaram a não ter condições reais de educar seus filhos, transferindo a responsabilidade para as escolas. Ora, a função delas é ensinar e complementar a educação que as crianças deveriam receber no Lar. Não a de substituí-lo. Neste danoso processo, o futuro de nosso país, representado pela juventude, está seriamente comprometido.
           Qual a família responsável que não está seriamente preocupada com a integridade física, moral e intelectual de seus descendentes? Os meios de comunicação, ao invés de atuar positivamente, deseducam, transmitindo programação de baixo nível, com inteira subversão dos valores e princípios morais e éticos do povo brasileiro. O homossexualismo é glorificado e a descriminalização das drogas pregada até por ex-presidentes da República.
           Querem atingir quais objetivos com a propagação destas anomalias?  Qual o pai que deseja ver seus filhos atingidos pelas drogas ou por outros vícios terríveis? O que o MEC pretende pagando edições de milhares de livros, onde a língua portuguesa é agredida e a matemática subvertida, bem como tentando patrocinar a divulgação de “kit gay”? Por que não investir estes recursos na melhoria da qualidade do precário ensino público oferecido aos nossos jovens? Afinal, não adianta ser a sétima ou sexta economia do mundo sem a existência de um povo capaz de usufruir os benefícios desta situação. Serão servos dos “donos do mundo”, meros extratores de matérias primas, eternamente dependentes, sem condições de autonomia e auto-suficiência. O desastre é total. Até nos esportes, passamos a perder todas, ao contrário do passado quando ganhávamos quase todas.
 
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

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